Cientistas do Tel Hai College e do Instituto MIGAL, em Israel, estão trabalhando em uma maneira de produzir fertilizante de fósforo a partir de uma fonte improvável, que são as águas residuais de produtos lácteos. De acordo com Michael "Iggy" Litaor, que liderou este trabalho, o fósforo é retirado da Terra e, em apenas 100 a 250 anos, pode haver uma escassez.
"O material que permanece após a purificação, chamado resíduo de tratamento de água e alumínio, geralmente é levado a um aterro sanitário para ser enterrado. Nós mudamos este material misturando-o com águas residuais de leite ricas em fósforo e matéria orgânica. Então descobrimos que pode ser tão bom quanto fertilizantes comuns”, comenta.
Os benefícios da prática podem ir além da reciclagem do elemento. Isso porque, segundo o especialista, o ato de apenas colocar, sem nenhuma análise ou preocupação, muito dos fertilizantes comercialmente disponíveis nos campos, pode afetar a qualidade da água na vizinhança.
"O fósforo é um nutriente importante que a maioria das culturas precisa", explica Litaor. "No entanto, é um recurso não renovável. Se continuarmos com a taxa atual de uso, o que temos pode ser esgotado em 100 a 250 anos. Existem também efeitos colaterais de um excesso de fertilizante. Portanto, cientistas de todo o mundo estão procurando maneiras simples e acessíveis de reciclar o elemento sem diminuir o rendimento das safras”, completa.
Litaor e sua equipe colocaram o fertilizante em potencial na alface para ver como funcionava. Eles descobriram que isso funcionava tão bem quanto os fertilizantes comuns. "Esta experiência demonstrou claramente que podemos usar resíduos de alumínio para recuperar o fósforo das águas residuais de produtos lácteos e usá-lo como fertilizante", finaliza.
Fonte: Agrolink.
