Conhecida também como sogata, essa pequena praga tem sido um desafio constante em diversas regiões produtoras de arroz, inclusive em áreas do Brasil Conhecida também como sogata, essa pequena praga tem sido um desafio constante em diversas regiões produtoras de arroz, inclusive em áreas do Brasil Foto: Divulgação

Incidência da cigarrinha-do-arroz deixa agricultores em alerta Destaque

Escrito por  Abr 09, 2024

Do Agrolink - Aline Merladete - Aumento da presença da cigarrinha-do-arroz preocupa produtores agrícolas do Sul. O fenômeno tem despertado apreensão entre os agricultores da região, com destaque para o Extremo Sul, onde a Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado (Cooperja) está ativamente monitorando a incidência e oferecendo suporte aos agricultores para o manejo da praga. Conhecida também como sogata, essa pequena praga tem sido um desafio constante em diversas regiões produtoras de arroz, inclusive em áreas do Brasil.

O aumento significativo da presença da cigarrinha-do-arroz foi observado recentemente nas lavouras da região do Extremo Sul de Santa Catarina. O agrônomo Jordanis Hoffmann, Gestor do Departamento Técnico da Cooperja, observou que a presença desse inseto tem se intensificado nas últimas semanas, representando uma ameaça considerável para as colheitas locais.

De acordo com Hoffmann, o ciclo de reprodução da cigarrinha-do-arroz é rápido, permitindo duas a três gerações da praga durante uma única safra. Embora sua preferência seja pelo arroz, ela também pode se desenvolver em outras gramíneas, como canevão e grama boiadeira.

Os danos causados por esses insetos incluem a transmissão de doenças às plantas, especialmente viroses. Embora ainda não tenha sido registrado no Brasil, a transmissão do "vírus da folha branca do arroz" é uma preocupação significativa. Além disso, a sucção de seiva pelas cigarrinhas provoca danos diretos às folhas, caules e à panícula, resultando em uma aparência amarelada na lavoura e uma redução na produtividade.

Segundo Fernando Silveira, engenheiro agrônomo e líder regional do projeto de grãos da Epagri, o aumento dos relatos de incidência da cigarrinha-do-arroz tem sido observado em toda a região. A Epagri está monitorando a praga através da Estação Experimental de Itajaí, porém, o aumento dos casos está sendo registrado em todas as regiões. Os danos econômicos já foram relatados, embora ainda seja difícil quantificar o impacto total, pois nem todas as áreas afetadas foram identificadas.

Para combater essa praga, é essencial implementar medidas de controle, incluindo o manejo biológico para promover predadores naturais da cigarrinha-do-arroz. Além disso, o uso racional de inseticidas deve ser considerado, com base em um monitoramento constante das pragas, para evitar impactos negativos nos agentes benéficos do ecossistema.

Hoffmann enfatiza a importância de destruir os restos culturais da lavoura após a colheita, para evitar a permanência da praga no ambiente de produção. Segundo ele, o manejo da entressafra é fundamental para prevenir a incidência da cigarrinha-do-arroz, reduzindo os locais onde ela pode se abrigar e se reproduzir.

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