Segundo a patologista de vegetais Lina Quesada-Ocampo, da North Carolina State University, globalmente, o míldio ameaça campos tão distantes quanto Índia, Israel, México e China. "Esta é a ameaça número um para a indústria de picles. É um golpe muito ruim”, comenta dizendo que os produtores estão perdendo dinheiro com colheitas fracassadas e fungicidas caros.
Nesse cenário, o pesquisador Michael Mazourek, da Cornell University, está perto de lançar variedades que resistem ao míldio. "Tem sido uma das nossas histórias de Davi e Golias mais orgulhosas", diz ele. Mas seu sucesso depende do financiamento em um momento em que o apoio público à pesquisa agrícola está em declínio.
O míldio da cucurbitácea, causado pelo patógeno fúngico Pseudoperonospora cubensis, já foi um incômodo menor. A partir da década de 1960, um pesquisador da Universidade de Clemson, Carroll Barnes, produziu uma série de cultivares de pepino contendo um forte gene de resistência conhecido como dm-1. Por mais de quatro décadas, esse gene ajudou a manter a doença sob controle.
Os problemas com patógenos nas lavouras só podem piorar. "Eu tenho feito pesquisa de patologia vegetal há mais de 30 anos, e estamos vendo doenças de plantas mais ameaçadoras agora do que no passado", diz o patologista de plantas Jean Ristaino, que dirige o programa de Doenças de Plantas Emergentes e Segurança Alimentar Global.
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