O agricultor do sul da Austrália John Gladigau escreveu uma carta aberta à “comunidade não agrícola” e publicou-a em sua página no LinkedIn defendendo o glifosato e o uso de culturas geneticamente modificadas. Gladigau reconheceu que ele e seus colegas “nem sempre conseguem ter conversas significativas com pessoas de fora de nossa própria bolha agrícola”, e pediu desculpas por agricultores que às vezes lutam para se comunicar com o público em geral.
“O problema é que ficamos um pouco cansados de sermos chamados de ignorantes quando temos uma experiência de vida e muitos de nós temos qualificações semelhantes (ou mesmo excedentes) aos nossos primos da cidade. Dói-nos quando as pessoas nos dizem que somos cruéis com os animais, não nos importamos com o futuro do planeta e somos indiferentes quanto à segurança alimentar, enquanto que para a maioria de nós o oposto é verdadeiro”, afirmou.
Embora enfatizando a necessidade de diálogo aberto e civil entre agricultores e consumidores, Gladigau defendeu vigorosamente o uso disseminado de culturas de OGM e o herbicida glifosato, ferramentas que, segundo ele, ajudam agricultores a cultivar alimentos suficientes para alimentar a todos, à medida que o clima global muda. Gladigau também rejeitou a alegação de que criar animais para alimentação é "cruel".
“Ironicamente (pelo menos para alguns), o glifosato e os OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) são duas das ferramentas que nos permitem reduzir nosso uso geral de produtos químicos, preservar nosso ambiente frágil e reduzir nosso uso de combustível fóssil enquanto cultivamos de maneira sustentável. Infelizmente, nem sempre fizemos um bom trabalho explicando isso”, completa.
Fonte: Agrolink.
