Safra de café deve ter preços próximos da anterior até fim da colheita, diz Cepea Divulgação.

Safra de café deve ter preços próximos da anterior até fim da colheita, diz Cepea Destaque

Escrito por  Jul 04, 2019

No ciclo 2018/2019, indicador de preços do arábica foi 15% menor e o do robusta 20,1% inferior às médias registradas na safra 2017/2018

Pelo menos até o final da colheita, os preços do café na safra 2019/2020, iniciada na segunda-feira (1/7), devem se manter próximos do ciclo anterior. A avaliação foi feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), mesmo considerando a bienalidade negativa da produção de arábica e as perdas de qualidade verificadas até o momento, com os trabalhos de campo em andamento.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (3/7), os pesquisadores avaliam que a partir de agosto, o mercado voltará suas atenções para o desenvolvimento da safra 2020/2021. O próximo ciclo é de bienalidade positiva, quando a produção de arábica já é naturalmente maior. E boa parte dos cafezais foram renovados.

“Além disso, ainda há um volume considerável de café remanescente disponível no mercado. Segundo agentes consultados pelo Cepea, cerca de 10 a 15% da safra 2018/19 está disponível para negociação”, informa o comunicado.

Só em junho, o indicador do arábica acumulou valorização de 3,97%, encerrando o mês a R$ 434,39 (em 28/6). Nos dois primeiros dias de julho, a instituição registra uma leve alta de 0,85%. Na terça-feira (2/7), a saca valia R$ 438,08. O robusta caiu 1,71%, encerrando o período cotado a R$ 294,22 a saca de 60 quilos. Em julho, há uma queda de 1,26%, com a cotação a R$ 290,51 na terça-feira.

Na safra 2018/2019, o indicador do Cepea para o arábica registrou média anual de R$ 422,60 a saca de 60 quilos, 15% a menos que a da temporada anterior em termos reais (descontando a inflação). Foi o nível mais baixo desde a safra 2001/2002. No robusta, a média anual foi de R$ 317,28 a saca, 20,1% a menos que a registrada na safra 2017/2018, a menor desde a temporada 2000/2001.

“A acentuada queda das cotações do arábica e do robusta esteve atrelada, principalmente, aos recuos nos valores externos de ambas as variedades ao longo de 2018/19. O movimento de baixa nos preços internacionais, por sua vez, foi influenciado pela elevação da oferta global do grão, tendo em vista a safra recorde no Brasil e a boa produção no Vietnã e na Colômbia”, analisa o Cepea

Os pesquisadores avaliam ainda que a desvalorização do produto ao longo do ano-safra 2018/2019 só não foi maior por conta do dólar. A taxa média de câmbio ao longo da safra passada foi de R$ 3,862. Na safra 2017/2018, o câmbio médio foi de R$ 3,308.

“A média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 foi de US$ 106,86 a saca, 21,1% abaixo da observada na safra anterior. Por outro lado, a valorização do dólar também resultou em aumento dos custos de produção, refletindo especialmente em alta nos preços de adubos e de outros insumos agrícolas”, diz a nota.

 

 

Fonte: Revista Globo Rural.

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