Como identificar a mancha de phoma no cafeeiro Divulgação.

Como identificar a mancha de phoma no cafeeiro Destaque

Escrito por  Jun 08, 2019

É uma doença tipicamente controlada com o uso de fungicidas

A mancha de phoma do cafeeiro é uma doença fúngica que ocorre em vários países do mundo onde se cultiva café em áreas de altitudes mais elevadas. A doença pode atacar folhas e ramos do cafeeiro acarretando em prejuízos como redução da área fotossinteticamente ativa, desfolha precoce, queda de botões florais, queda de chumbinhos e secamento de ramos.

A mancha de phoma vêm aumentando sua importância econômica nos últimos anos em razão dos prejuízos que causa na produção. Tem sido grande problema para instalação de lavouras cafeeiras em regiões de altitude elevada ou nos topos dos morros, como ocorre no Estado do Espírito Santo e algumas localidades na Zona da Mata Mineira. As maiores perdas são verificadas em plantações sujeitas à ação de ventos frios, principalmente nos anos com excesso de chuvas no inverno. A doença pode limitar o plantio de café em regiões altas como nos chapadões do triângulo mineiro, sul de Minas e oeste da Bahia.

O controle preventivo tem sido a principal medida recomendada para manejo da doença. No artigo deste mês, iremos tratar da mancha de phoma do cafeeiro, abordando aspectos teóricos que poderão nos auxiliar no manejo integrado da doença no campo, visto que sua intensidade vem aumentando no campo e poucas pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de estudar melhor este patossitema.

Um dos grandes problemas dessa doença é a ocorrência nos ramos, podendo levar ao secamento do ramo inteiro. Nas folhas causa grandes áreas necróticas, podendo causar desfolha. Essa doença inicia mais ou menos pelos meses de abril/maio, sendo uma doença de inverno, e poderá causar sérios prejuízos para o período de florada logo a frente. Ramos afetados terão sérios prejuízos na emissão de flores afetando a produtividade do cafezal.

As temperaturas nesse período geralmente são favoráveis. O que determina a intensidade da doença é o molhamento foliar. Quanto mais prolongado, como por exemplo em lavouras que foram podadas, maior poderá ser o ataque.

De acordo com os pesquisadores Dr. Marlon Tagliapietra Stefanello – Coordenador de Ensino da Elevagro e Dr. Leandro Nascimento Marques – Coordenador de Conteúdo da Elevagro, é uma doença fácil de identificar, normalmente o produtor não encontra grandes dificuldades. Nos ramos, a doença se manifesta inicialmente por manchas, posteriormente causa escurecimento generalizado do ramo, levando ao secamento e morte do ramo. Nas folhas as lesões geralmente ocorrem nas bordas, causando curvatura ou enrolamento na folha. As lesões apresentam círculos concêntricos com variações em tons de marrom. Podem ocorrer lesões pequenas próximas as bordas das folhas e posteriormente as lesões evoluem, coalescem e podem atingir o centro da folha.


Nas partes da lavoura onde ocorre maior molhamento, a quantidade de lesões é maior. Os sintomas podem ser notados em folhas do topo da planta, onde associado ao molhamento, os ventos podem favorecer as infecções. É um patógeno de ciclo curto, e após iniciar na planta, se as condições forem favoráveis, pode aumentar a severidade rapidamente.

O controle dessa doença precisa ser preventivo. A partir do momento em que as condições de clima se tornam favoráveis, normalmente pelos meses de abril/maio, o produtor precisa estar atento e planejar o controle. O período crítico para controle é dos meses de abril até a grande florada. Porém, após a florada, ainda existem condições favoráveis e os danos podem ocorrer, devendo o produtor monitorar as áreas e esticar esse controle para além do período de florada. No entanto, o controle antes da florada é crítico, após a florada é apenas um complemento de controle. Se a doença for mal manejada antes da florada, após não há mais como reverter os danos.

Quando o produtor iniciando o processo de colheita, ele já deve estar preparado para iniciar o controle de Phoma.

É uma doença tipicamente controlada com o uso de fungicidas. O número de aplicações varia conforme a região e a pressão de ataque. Geralmente são feitas de 2 a 4 aplicações, dependendo da região.

 

 

 

Fonte: Agrolink.

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