Os contratos futuros do açúcar encerraram a semana em baixa nas bolsas internacionais, assimilando a maior entrega física da história no contrato outubro/23 da ICE Futures de Nova York, que entregou 56.473 lotes na sexta-feira (29), correspondentes a 2.87 milhões de toneladas de açúcar, segundo apurado pela Archer Consulting. A entrega recorde é vista como um sinal baixista pelos operadores de mercado.

 

Segundo analistas ouvidos pela Reuters, "o aumento dos preços do petróleo não conseguiu dar suporte ultimamente, apesar de tornar a produção de etanol no Brasil mais atraente", disse o Commerzbank em uma nota. "Os especuladores reduziram suas apostas de alta nos futuros do açúcar bruto na semana até 26 de setembro, informou a CFTC", ainda segundo a agência internacional de notícias.

O lote outubro/23 de NY foi contratado na sexta-feira (29) a 26,27 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 46 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela março/24 recuou 48 pontos, contratada a 26,48 cts/lb. Os demais contratos fecharam desvalorizados entre 5 e 41 pontos.

 

Londres

Em Londres a sexta-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento dezembro/23 foi contratado a US$ 705,90 a tonelada, desvalorização de 10,70 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela março/24 caiu 9,70 dólares, negociada a US$ 703,80 a tonelada. Os demais contratos recuaram entre 8 e 9,90 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a sexta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 155,74 contra R$ 155,51 de quinta-feira, valorização de 0,15% no comparativo. No acumulado do mês de setembro o Indicador encerrou o período valorizado em 9,72%.