No município de Cristalina, no sudeste de Goiás, cerca de 63 mil hectares são irrigados com equipamentos, como pivô central, gotejamento e microaspersão. Entre as 56 culturas irrigadas, alho, batata, cebola e tomate são as que já bateram recorde de produtividade no ano de 2018, assim como o trigo, com 145 sacas por hectare.
Já na região noroeste de Minas Gerais, os municípios de Unaí, Paracatu, Guarda-Mor e Bonfinópolis somam juntos o total de 100 mil hectares irrigados.
O crescimento da atividade tem se tornado mais forte e persistente nas últimas décadas, ao se intensificar ainda mais nos últimos anos, dada a dinâmica e diversificação das culturas. Porém, a irrigação ainda é pequena frente ao potencial estimado do país, pois muitos avanços ainda são necessários para melhor caracterização e monitoramento da atividade.
Com a técnica da irrigação é possível fornecer alimento para todo o mundo de forma equitativa e racional. Além de imprescindível na região do Distrito Federal e entorno, a técnica é essencial para manter a produtividade no campo e a rentabilidade.
De acordo com o secretário-executivo da Associação dos Irrigantes do Estado de Goiás (Irrigo), Bruno Vicente Marques, a irrigação na região é fator determinante para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. “Temos na região um período climático definido, com estações chuvosas e secas, e exploramos diversas atividades que dependem exclusivamente da irrigação, como alho, batata, feijão, cebola, tomate, milho e soja e, com isso, a gente consegue viabilizar uma safra mais precisa. A prática da irrigação nessa área traz segurança para o produtor rural, principalmente nos períodos de veranicos, quando já temos um déficit hídrico já programado naturalmente. Dessa forma, garantimos que as lavouras e as produções tragam resultados mais esperados”, explica.
Referência para o setor de agronegócio, a AgroBrasília, a maior exposição de agronegócio do Planalto Central e uma das maiores do país, irá trazer para o Distrito Federal grandes empresas de tecnologia que irão apresentar as soluções tecnológicas, bem como as últimas novidades do setor de irrigação que permitem o uso de eficientes sistemas. Conhecida como Feira Internacional dos Cerrados, o evento possibilita um amplo espaço de debates e diálogos, além de oportunidade de realização de negócios e intercâmbio de ideias.
Por meio da exposição de maquinários e equipamentos, os agricultores terão ao seu alcance tecnologias de irrigação como a aspersão, a microaspersão e o gotejamento.
“A AgroBrasília tem sua importância. Os números mostram que o evento hoje faz parte do grande cenário brasileiro e talvez até do grande cenário mundial, como um dos principais eventos de transferência de tecnologia e de negócios. A agricultura irrigada é representada por diversas empresas e por diversas pessoas que pensam o setor. Nós, do setor de irrigação, sempre fazemos questão de participar da AgroBrasília, seja com estande, seja por meio de uma participação mais integral, tentando ir todos os dias. É uma das formas de ficar mais próximo dos agricultores e das pessoas que estão trabalhando e pensando as tecnologias. É onde se faz o network e os primeiros contatos. Para a nossa área, talvez seja o evento mais importante do ano”, destaca o secretário-executivo.
Fonte: Agrolink.