Atualmente, no Brasil tramita desde 2007 um grande acordo com a União Européia para a equivalência de orgânicos Atualmente, no Brasil tramita desde 2007 um grande acordo com a União Européia para a equivalência de orgânicos Foto: Thinkstock

Acordos de equivalência melhoraram comércio mundial de orgânicos Destaque

Escrito por  Fev 04, 2019

Uma pesquisa realizada no final do ano passado pela Organic Trade Association em parceria com a Penn State University concluiu que os acordos de equivalência no mercado internacional de orgânicos foram os responsáveis por manter o crescimento do setor. Parte desses resultados foram mostrados nesta quinta-feira (9/6) em palestra sobre o tema no 12º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica, realizada na Brazil Bio Fair. “Hoje, sem os acordos de equivalência o comércio de orgânicos seria mais baixo que o atual na maioria dos países”, afirmou Vincent Morel, diretor da Ecocert América Latina.


A pesquisa usou como base os acordos de equivalência feitos pelos Estados Unidos, que hoje tem parcerias com com países da União Européia, além de Canadá, Japão e outros. Segundo o estudo, sem essas políticas de cooperação o crescimento anual do setor seria 58% menor.

Os acordos de equivalência entre os países são realizados para unificar e regulamentar normas e procedimentos relacionados com a produção de orgânicos. O objetivo dessas negociações é facilitar o intercâmbio comercial. No caso dos orgânicos, o fortalecimento do mercado tem incentivado um número cada vez maior de acordos globais.

Atualmente o Brasil tramita desde 2007 um grande acordo com a União Européia para a equivalência de orgânicos. De acordo com Morel,a conclusão das conversa entre as nações esbarra em características das agriculturas locais. “Nos últimos anos não notamos um avanço significativo na mentalidade da União Européia a fim de aceitar no acordo a dinâmica do Sistema Participativo de Garantias de Orgânicos“.

O diretor da Ecocert acrescentou que o fortalecimento do mercado interno de orgânicos também brecou o interesse das autoridades brasileiras. “A maior parte da produção está sendo consumida internamente. Isso de certa forma também esfriou os interesses locais um possível acordo de equivalência”, completou.

Ainda em relação ao Brasil, Morel afirmou que o avanço dos acordos de equivalência pode ser benéfico para o desenvolvimento dos agricultores. “Quando se trata de investimento interno, os acordos tem tido grande peso para atrair investidores. Sem dúvida este movimento ajudaria a desenvolver os produtos brasileiros para exportação”.

Hoje, o mercado global de orgânicos movimenta em futuramente aproximadamente 80 bilhões de dólares. No Brasil, o mercado é estimado em R$ 2,5 bilhões, e para este ano, mesmo com os problemas econômicos no país, espera-se um crescimento próximo de 30%.

Fonte: Globo Rural – Gabriel Lellis com Vinicius Galera

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