Uma série de problemas operacionais no sistema digital têm impedido que pequenos produtores se inscrevam no Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). Com isso, eles podem ficar sem acesso a programas do governo federal, inclusive a linhas de financiamento. No interior do Paraná, proliferam casos de produtores que não conseguiram efetivar a inscrição no CAF. Diante deste cenário, a FAEP tem atuado junto aos órgãos responsáveis para tentar resolver e/ou minimizar esses problemas.

No encerramento da última semana, a União Europeia enviou ao Brasil um extenso documento com uma série de demandas e condições para que seja retomada a negociação do acordo UE-Mercosul. O documento foi enviado a autoridades do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) e do Itamaraty.

Brasília (13/02/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na segunda (13), a primeira reunião da Comissão Nacional de Mulheres do Agro para anunciar a presidente e as vice-presidentes e debater as principais demandas e ações que serão trabalhadas pelo colegiado.

O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, fez a abertura do encontro e destacou o objetivo da Comissão, que é ampliar e fortalecer a participação das mulheres no sistema sindical e desenvolver a liderança feminina no setor agropecuário.

“Dentro da Comissão serão discutidas pautas e ações estratégias que possam ser trabalhadas em cada estado e no país como um todo. O grupo surge para facilitar a conexão entre as mulheres do agro”, disse Lucchi.

Em seguida, Bruno apresentou a engenheira agrônoma Stéphanie Ferreira como a presidente da Comissão. Natural do município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, Stéphanie já trabalhou no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) do estado e participou do CNA Jovem em 2016.

Atualmente ela presta serviço de assessoria pecuária, é vice-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas e compõe a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul). “Acredito que teremos um longo caminho pela frente e, juntas, faremos um excelente trabalho”, disse.

Além da presidente, a Comissão Nacional de Mulheres do Agro é composta por duas vice-presidente: Geni Schenkel e Simone de Paula. Geni é formada em fisioterapia, mas deixou a profissão em 2018 pelo campo. Atualmente é produtora rural em Mato Grosso e presidente do movimento Agroligadas.

A segunda vice-presidente Simone de Paula é pecuarista em Rondon, no Paraná, e faz parte da coordenação da Comissão Estadual de Mulheres da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

A Comissão de Mulheres do Agro da CNA também terá um Conselho Consultivo formado por cinco mulheres das áreas de gestão de pessoas, empresarial e finanças; desenvolvimento pessoal e comunicação e marketing.

Durante a reunião, a assessora técnica da CNA, Kelly Nascimento, apresentou os três eixos de atuação do grupo, sendo eles: programa de fortalecimento das lideranças; criação de comissões estaduais de mulheres e representação política do Sistema CNA/Senar.

As principais ações previstas são: realizar diagnósticos, apoiar e auxiliar a implantação de comissões estaduais, realizar um encontro nacional de mulheres, criar um programa de fortalecimento de lideranças femininas e representar o sistema em fórum e eventos.

A programação da reunião incluiu apresentações sobre a estrutura institucional do Sistema CNA/Senar. O diretor técnico da Confederação, Bruno Lucchi, explicou o objetivo e o funcionamento de cada departamento da entidade e os principais projetos e programas que beneficiam a classe produtora rural.

Já o diretor de Inovação e Conhecimento do Senar, André Sanches, citou os programas de formação profissional rural e promoção social e a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, além dos cursos técnicos, da Faculdade CNA e do CNA Jovem.

Por fim, a diretora executiva do Instituto CNA, Mônica Bergamaschi, falou sobre o objetivo do Instituto e as principais ações, como os protocolos de raças, as plataformas de rastreabilidade animal e vegetal, o projeto Forrageiras para o Semiárido, bem como o HUB Digital, o Mercado CNA e o ID Agro – Máquinas.

 

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems 

O Brasil é um dos países mais fortes do mundo no agronegócio, mas a comunicação ainda peca, segundo Gustavo Avelar, que é engenheiro agrônomo em Mato Grosso e atua com foco na gestão e certificação de propriedades em agricultura regenerativa. “ Se tem uma situação que me tira o sono é a desorganização na comunicação do agro a nível global. E se olharmos para realidade desse setor no Brasil é ainda mais crítica. Falta postura, posicionamento, investimentos em massa, estratégia e relacionamento com quem tem o poder da comunicação em massa nas mãos”, comenta. 

De acordo com ele, a agro sai muitas vezes como vilão. “Pela experiência que tenho, um dos motivos é a concentração das grandes empresas que conseguem atuar de forma mais próxima da mídia que minimiza o marketing negativo. Além disso a desorganização política do setor também contribui para a falta de ampla defesa sempre que necessária for em plenários, fóruns mundiais, políticas públicas governamentais, ações sociais, dentre outras atividades de atribuições apenas ou especialmente de agentes públicos, como vereadores, prefeitos, deputados (federais e estaduais), senadores, governadores, ministros e presidente”, completa.

 

“É preciso estar presente e investir tempo e sabedoria no negócio. Dispor de uma boa equipe técnica e trabalhar muito, já que mídia e pesquisa têm custo e esse é um ponto importante.  Veja bem, para mudar a visão que o consumidor final tem do agro é necessário investimento em comunicação e pesquisa. E eu explico o porquê.    

 

Primeiro, para comprovar que o agro é uma das principais ferramentas para a sustentabilidade do planeta são necessários estudos que comprovem o que já sabemos na prática, no nosso dia a dia nas fazendas. Só com pesquisas sérias e estudos honestos conseguiremos dados e fatos que mostrem e provem toda a sustentabilidade agropecuária. O segundo passo é comunicar esses dados. Mas de forma estratégica, com relacionamento, com clareza, continuidade,  embasamento, com comprovação, com fatos, com dados, com números e pesquisa”, conclui.

 

A Monarch Tractor comparou o desempenho de seu trator elétrico e um modelo convencional a diesel e estimou uma economia de R$ 14,7 mil em combustíveis, além de redução de 15 toneladas em emissões de CO2, ao ano.

O estudo ocorreu na vinícola Wente Vineyards, na Califórnia, Estados Unidos, mas, segundo a publicação especializada Future Farming, não considerou alguns fatores.

Entre eles os custos de investimento, depreciação e manutenção de um trator elétrico, bem como a variação nos preços de combustível e da eletricidade ou condições climáticas que afetam a vida útil da bateria e o consumo de combustível.

Ainda assim, segundo a própria publicação, o teste de desempenho da Monarch dá uma boa indicação de como um vinhedo pode reduzir custos com a implantação de um trator elétrico.

Elétrico x diesel

O teste de campo visou quantificar quanto as fazendas podem economizar com uso de eletricidade em lugar de combustíveis fósseis. A empresa realizou uma operação de poda com o trator elétrico e um a diesel da John Deere. Ambos maquinários operaram com segadeira giratória em um vinhedo em fileiras lado a lado.

A Monarch relatou o estado da carga de bateria e os níveis do tanque de combustível diesel antes e depois da operação. O trator a diesel e o Monarch Tractor alternaram linhas até a operação ser concluída, pouco mais de 7 horas depois.

O trator elétrico terminou a atividade com 18% de carga restante da bateria. A partir disso, a Monarch quantificou quanto a Wente Vineyards poderia economizar em combustível e emissões anualmente, com uma duração média anual de 1.000 horas por trator.

Na somatória geral, o trator elétrico economizou US$ 2,56 em combustível por hora de atividade (descontado o custo da energia) e deixou de emitir 15,14 quilos de CO2 por hora. Deste modo, o equipamento, traria economia de  US$ 2.655,71 (ou R$ 14,7 mil) em combustíveis e 15 toneladas em emissões de CO2 durante um ano.

Como o modelo da Monarch custa a partir de US$ 50 mil, ou seja,  cerca de R$ 278 mil, o retorno no investimento levaria quase 19 anos, se considerada apenas a economia de combustível.

O Monarch não é o único trator elétrico, por isso, também separamos outros modelos de maquinários elétricos pelo mundo.

Elétricos no Brasil

um exemplo é a startup YAK Tratores Elétricos, que recebeu, em novembro de 2020, um investimento seed de R$ 1,2 milhão por meio do programa Finep Startup, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC).

A empresa catarinense foi fundada em outubro de 2018  com vistas ao grande potencial no mercado de tratores elétricos. “Até então só existiam grandes esforços em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos de uso convencional, como carros e motos”, comentou João João André Ozório, um dos fundadores.

Por essa tendência, o AgEvolution trouxe alguns exemplos de tratores elétricos, suas vantagens e desafios a partir da opinião de especialistas.

AUTOR:

Daniel Azevedo Duarte - AgEvolution

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems -  O  governo chinês lançou essa semana um novo plano para promover a “revitalização rural, acelerar a turbina agrícola e transformar a China em uma potência agrícola”. Chamado de “Documento Central nº 1”, o projeto delineia novas tarefas que serão empregadas ainda este ano para priorizar a base da “agricultura, áreas rurais e agrícolas”. 

Anualmente as autoridades centrais da China divulgam uma primeira declaração oficial, em um documento que é visto como um indicador de políticas prioritárias. O trabalho na agricultura e nas áreas rurais está no topo da agenda há 20 anos consecutivos desde 2004.

“O documento não apenas detalha as principais tarefas para promover de forma abrangente a revitalização rural, mas também apresenta arranjos específicos para acelerar a construção da força da China na agricultura. Uma das tarefas mais importantes é fortalecer a agricultura por meio da ciência e da tecnologia”, informa a CGTN (China Global Television Network).

Segundo a agência chinesa, o documento enfatiza a necessidade de promover avanços nas principais tecnologias agrícolas essenciais, estabelecer laboratórios agrícolas e centros de inovação, fortalecer a observação básica de longo prazo e experimentos na agricultura. Além disso, pretende acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de máquinas e equipamentos agrícolas inteligentes em larga escala e revigorar a indústria de sementes, construindo um mecanismo de compartilhamento para identificação e avaliação de recursos genéticos.

O documento também apela para a “promoção do desenvolvimento verde da agricultura, estabelecendo um sistema de coleta, utilização e tratamento de resíduos agrícolas e um sistema de monitoramento para proteção do meio ambiente agroecológico, estabelecendo regulamentos sobre compensação para proteção ecológica, fazendo cumprir rigorosamente a moratória da pesca, e intensificar os esforços para proteger e restaurar pastagens”.

A China pretende ainda melhorar as infraestruturas agrícolas e aumentar a recuperação de terrenos agrícolas abandonados. A gigante quer asiática também avança em grandes projetos de conservação de água, acelera a construção da rede nacional de conservação e fortalece a capacidade do país de prevenir e mitigar desastres naturais para a agricultura por meio de observação meteorológica e monitoramento de doenças e pragas.

Por fim, para garantir uma produção estável e adequada de grãos e outros produtos agrícolas importantes, o documento destaca que a meta manter uma produção anual de 650 milhões de toneladas de grãos. Para isso está projetado, principalmente, expandir a área plantada de soja e oleaginosas.

By Peter Coy- Opinion Writer - Num recente artigo de opinião no jornal New York Times, Peter Coy, relata suas conversas com Garrett Mussi, produtor de alimentos orgânicos dos Estados Unidos, que arrenda terras do fundo de investimentonorte-americano, Farmland.Mussicultiva milho orgânico, abóbora, tomate, pepino, alho e amêndoas em, aproximadamente, 400 hectares no vale de San Joaquin, na Califórnia, utiliza irrigação por gotejamento e culturas de cobertura para adicionar nitrogênio ao solo e, composto, para enriquecê-lo.

Do estadão - A Petrobras vai cancelar a privatização da Petrobras Biocombustível S.A. (PBio), informam fontes próximas ao governo federal. Dona de três usinas no Sudeste e no Nordeste, a PBio voltaria, assim, a ser um dos pilares da estratégia de descarbonização da estatal. A produtora de combustível renovável se tornará, com cinco refinarias de petróleo, mais uma subsidiária da petroleira cuja venda à iniciativa privada será cancelada pela futura gestão de Jean-Paul Prates. Senador em fim de mandato pelo PT do Rio Grande do Norte, ele foi indicado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir a estatal.

A Embrapa Agrobiologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária sediada no Rio de Janeiro, desenvolveu um fertilizante orgânico a partir da biomassa aérea de espécies leguminosas, o N-verde. O processo aproveita a parte da planta que fica fora da terra.
Na primeira fase da pesquisa, iniciada em 2008, foram selecionadas as matérias-primas que poderiam ser usadas e que tivessem volume de nitrogênio próximo de 4%. O projeto foi retomado no ano passado, para desenvolvimento do trabalho de obtenção da biomassa e de seu processamento até chegar ao produto final, que é o fertilizante peletizado ou granulado.

O monitoramento de pragas e doenças durante o manejo da cultura do pimentão é capaz de reduzir em torno de 30% a aplicação de produtos químicos na lavoura. A constatação é do entomologista Jorge Anderson Guimarães, responsável pelas pesquisas relacionadas à produção integrada na Embrapa Hortaliças (DF). A prática é um dos procedimentos recomendados pela produção integrada do pimentão (PIP) (veja quadro abaixo) e proporcionou a economia ao ser associada a outras medidas como o controle biológico de pragas.

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