Ainda de acordo com Braz, os produtores devem permanecer atentos, acompanhando suas realidades e já começando a buscar o seguro. "Para quem não tem o seguro, estamos negociando", diz. Afinal, explica que a quebra pode ser ainda mais severa caso as chuvas não cheguem de forma adequada às regiões mais necessitadas.
"As preocupações quanto ao clima na América do Sul estão se intensificando neste início de 2019, com padrão extremamente seco apontado para maior parte da região Central e Norte do Brasil", traz a ARC Mercosul.
Segundo a consultoria, os principais modelos climáticos continuam mostrando um padrão de menos precipitações para boa parte do Brasil durante a primeira quinzena de janeiro, que pode ser a mais seca em 10 anos. O calor intenso também continua. E o quadro, portanto, intensifica a possibilidade de que as perdas na safra brasileira sejam ainda maiores.
"O padrão mais seco deve se manter nas próximas semanas, com chuvas entre 50 a 90% abaixo da média normal nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e também no Paraguai, enquanto chuvas em grandes volumes são esperadas no extremo sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e para grande parte da Argentina", explicam os especialistas da ARC.
Nos próximos cinco dias, de acordo com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os maiores acumulados de chuva deverão ser registrados nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nos próximos sete dias, boas precipitaçõe são esperadas também para o Brasil Central, com volumes mais expressivos para Mato Grosso e Goiás.
E as colheitas continuam acontecendo pelo Brasil, com relatos de produtividades menores do que o estimado inicialmente em diversos pontos do país.
Na região de Jataí, Goiás, por exemplo, os primeiros números têm sido bem diferentes dada a irregularidade da safra e do desenvolvimento das lavouras. Segundo relatou um produtor local ao Notícias Agrícolas, as perdas variam de 10% a até 40%, dependendo dos tipos de solo, variedades cultivados, época de plantio e distribuição de chuvas.
"Nesta fazenda, em especial, não houve falta de chuvas com o plantio no início de outubro, variedade super precoce e solo bastante argiloso", diz.
Já na região de Santa Helena, no Paraná, os trabalhos, como mostra a imagem a seguir, foram antecipados devido à seca.
por Notícias Agrícolas